quarta-feira, 30 de abril de 2014

23 de abril–Dia Mundial do Livro

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Olá! Smile Tudo bem com vocês? Espero que sim! Comigo tudo bem. Peço desculpas pela demora (de novo), mas tenho vivido bastante (graças a Deus! ^^ Não, não sou uma pessoa religiosa, só acho que existe um princípio que mantém todo o universo e costumo ser grata a este princípio por todas as conquistas que faço …) e há outras coisas a fazer, além de escrever este blog. Pretendo ser mais assídua, entretanto (estou solene, não?! Daqui a pouco passa, espero …).

Talvez alguém estranhe o título deste post, porque estou 7 dias atrasada. Antes de mais nada, a minha noção de tempo é diferente th_nose3. Às vezes, comento atualidades no Multi Maiden e já me orgulhei de ser uma pessoa “bem informada”. Lia notícias em vários sites, mas, de uns tempos pra cá, tenho achado tudo chatíssimo, sem propósito e conteúdo th_siro07. O que me interessa, dificilmente é notícia. Gosto do que é belo, curioso, inusitado, adoro quando pessoas únicas, que fazem coisas originais, contam suas histórias, etc. Então, não me concentro muito no que é atual. Inclusive, não gosto da mania que algumas pessoas têm de dizer que coisas são “ultrapassadas”. Há o que de fato não resista ao teste implacável do Tempo. Mas, certas coisas são atemporais. E eu também não necessariamente comento um fato no dia em que ele acontece. Sou o tipo de pessoa que gosta de formar opinião, antes de abrir a boca (ou teclar) e isso leva tempo. Datas comemorativas, como o Dia Mundial do Livro, acontecem todo ano e, via de regra, quem tem texto pronto no dia, fez pesquisa antes (na melhor das hipóteses). De acordo com a wiki, a data foi criada pela UNESCO, em 1995, pra promover o prazer da leitura. Posso falar sobre isto em qualquer dia do ano, pois entendo do assunto th_h260920_05. Mas, claro, aproveitar a proximidade da data ajuda …

Escreverei sobre livros inúmeras vezes, aqui, inclusive compartilharei com vocês não apenas livros, mas o que gostei de ler, de forma geral. Gosto de ler desde que fui alfabetizada. Um livro que marcou minha infância foi A Bela Borboleta, do Ziraldo, sobre uma borboleta presa nas páginas de um livro. Personagens de vários contos de fadas se dispõem a libertá-la, mas … eu não vou contar o que acontece, né?! Nyah-Nyah O livro é uma gracinha e traz uma bela mensagem sobre o significado dos livros! Recomendo a leitura. Com certeza, ele pode ser encontrado em bibliotecas escolares e públicas infanto-juvenis. Uma muito bacana, que eu frequentava muito, é a Monteiro Lobato, aqui em São Paulo (http://bijmlobato.blogspot.com.br/). Dou uma dica a vocês: frequentem bibliotecas públicas. Elas oferecem acesso gratuito a livros, revistas, jornais, enciclopédias, dicionários e outros materiais de consulta e pesquisa e têm, claro, a seção circulante, de livros (entre outros) para empréstimo.

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Imagem retirada do catálogo da Fnac.

Outro livro que marcou minha infância, eu não lembro o título nem o autor (ou autora). Só sei que as ilustrações eram lindas! Este é um aspecto no qual presto bastante atenção, não só por também desenhar e pintar, mas por gostar de arte. Gosto de livros infanto-juvenis até hoje e costumava brincar, quando trabalhava como professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental, que tinha uma desculpa pra gostar deles th_siro01. O livro em questão explicava o ciclo da água na natureza e era narrado por uma gotinha. Não sei que fim levou Sad smile. De lá pra cá, li muito, fui frequentadora assídua de algumas bibliotecas de São Paulo (pretendo retomar o hábito) e até estudei Letras. Mas passei por fases em que não li coisa alguma. Agora estou realizando o sonho (se é que posso dizer assim) de montar minha própria biblioteca. Eu, pelo menos, acho que a biblioteca pessoal deve ser constituída dos livros que gostamos de ler, pra que possamos voltar a eles sempre que quisermos. Existem pessoas que têm estantes repletas de livros que nunca leram e estão lá, acumulando poeira. Outras, chegam ao cúmulo de comprar lotes de livros em sebos, só pra preencher espaço nas estantes. Ninguém merece! tadin É a tal da ostentação, que, como eu já disse, não começou com o funk carioca. Ostentação da estupidez, no caso.

Livros, existem de vários tipos, assim como literatura. Geralmente, a maioria das pessoas associa os livros aos romances. Mas, livro de culinária também é livro, por exemplo. Eu tenho vários livros de tricô/crochê/costura, origami, artesanato e culinária na minha biblioteca. O objetivo da UNESCO, ao criar o Dia Mundial do Livro, não foi dar ênfase a livros não-literários, mas eu quero dizer que eles também podem ser muito especiais e despertar encantamento e até vontade de ler. Existem livros super bem escritos, que não são literários e até mencionam contos, romances, poemas e grandes escritores! Mas, voltemos à literatura. O que a blogueira gosta de ler? th_h261018_07 Literatura. Meus escritores preferidos são todos considerados extraordinários (e são mesmo). Talvez, numa explicação beeem grosseira, o diferencial da literatura seja que o autor (ou autora) não se preocupa apenas em contar uma história ou escrever, simplesmente. Ele(a) se preocupa com a forma, em como vai produzir o texto, cuida das palavras, dos sons, significados. É um trabalho de arte, em que os elementos são escolhidos. Escrever não é só pôr palavras num suporte. É fazê-lo com engenho e arte, como diria um certo poeta português. Eu já disse que meus gostos são geralmente elitistas e, no meu caso, é fatalidade. Eu nasci assim, não posso fazer nada! Houve uma época em que me recusava a ler best sellers. Hoje, estou menos intolerante e até topo um livro que está bombando nas paradas de sucesso, de vez em quando. A trilogia Jogos Vorazes, de Suzanne Collins, por exemplo, me surpreendeu! Comprei os livros, li em tempo recorde, assisti os filmes e até comprei um anel de mockingjaySurprised smile Depois eu mostro ele procês … Mas, um dos meus livros preferidos continua sendo A Odisséia de Homero. Porque é absolutamente fodástico, com o perdão do termo! Porque numa época em que o Steven Spielberg nem pensava em nascer, uma história cheia de aventuras, detalhes e personagens incríveis era cantada (sim, cantada!music_azul) pra uma platéia fascinada! Preciso reler A Odisséia! E, claro, recomendo muito a leitura! Thumbs up Pra quem não está acostumado com poesia, uma versão em prosa é mais indicada. Eu me identifico com o Odisseu (também conhecido como Ulisses) porque ele fez uma jornada de décadas em busca de si mesmo. Gosto dos clássicos, daquelas histórias que mexem com a nossa estrutura interna! Prefiro prosa, mas também adoro poesia, principalmente a infantil (vai achando que escrever poesia pra criança é fácil, vai …). Tenho lido muitos romances, mas também gosto de contos, crônicas, novelas. E, talvez, neste momento, alguns de vocês tenham começado a boiar … th_06720k1_06

Nós aprendemos, nas aulas de Literatura, que existem diferentes gêneros literários e este conhecimento é útil, porque livro, afinal de contas, é só o suporte em que está escrita alguma coisa e algumas pessoas podem desistir de ler, porque só conheceram romances, mas se identificariam mais com contos ou crônicas, por exemplo! Então, eu pretendo transmitir o conhecimento (que não é, assim, uma Brastemp) que adquiri na faculdade, pra dar dicas de leitura a vocês. Quem não está acostumado a ler, não tem idéia da variedade de textos que existem! Eu não aconselho romances de centenas de páginas para iniciantes. Existem textos mais curtos, leves e interessantes, como novelas, contos e crônicas. Existem histórias. Há excelentes autores que escreveram livros apenas com histórias curtas. Um deles, é o uruguaio Eduardo Galeano, um dos meus preferidos. Vários livros deles são coleções de histórias curtinhas, mas encantadoras, cheias de significado, lirismo e uma visão bastante crítica da civilização em que vivemos! Não sei dizer quando, exatamente, me apaixonei pelo Galeano cute_cao_43 . Comecei a ler textos dele em blogs progressistas (não, não sou comunista e sou vegetariana, portanto, jamais me alimentaria de criancinhas). Aí, comprei os livros: As Veias Abertas da América Latina (que amei!), Vagamundo, Bocas do Tempo, a trilogia Memória do Fogo, Amares (em Espanhol) e Os Filhos dos Dias. Este, foi um dos últimos livros que comprei e li. É uma espécie de calendário, com um quê de almanaque, organizado em meses e dias, em que o Galeano conta uma história, comenta um fato ou mostra algo relacionado a determinado dia. Ele tem um jeito muito gostoso de escrever, próximo, parece que está mesmo nos contando as histórias e ensina de forma simples, não há nada de pedante nas palavras dele! Aliás, não há objetivos didáticos: o Eduardo Galeano conta histórias. Mas nelas fica evidente a sua erudição. E ele é completamente acessível! Qualquer pessoa pode se apaixonar por ele! Escolhi Os Filhos dos Dias, pra começar a compartilhar a prosa deliciosa do Eduardo Galeano com vocês. A foto é minha, mesmo e eu comprei o livro na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, aqui em Sampa.

Os Filhos dos Dias

Enfim, aos que ainda estão acordados, a conclusão mini_gifs15: o prazer de ler se adquire, lendo. Sem dúvida, o contato com leitores apaixonados ajuda bastante, mas nem sempre as circunstâncias são favoráveis. Vivemos numa sociedade cada vez mais tecnológica, em que a vida acontece em gadgets. Não sei quantos pais, avós ou congêneres ainda contam histórias para as crianças, ou mesmo brincam com palavras, como minha avó fazia. Ela recitava quadrinhas, parlendas, trava-línguas. Foi ela quem me ensinou as rezas católicas e muitas cantigas tradicionais. Quando eu era criança, sempre havia um adulto pra nos propor adivinhas ou charadas e nós adorávamos decifrar enigmas. Essas coisas parecem inocentes, mas eu não amaria tanto as palavras, se não fosse a minha avó. Ela mesma tinha um jeito original de se comunicar, brincava com as palavras. Não tinha estudo, aprendeu a ler tarde, mas gostava de ler e se envolvia, de verdade, com as histórias, característica que herdei. Quando um conto, novela ou romance (principalmente) mexe comigo, me isolo no quarto, pra me emocionar à vontade mini_gifs66 . Tive acesso a livros desde pequena, mas só eu, na família, tenho por eles uma paixão inexplicável. É por isso que digo que nem sempre o ambiente que te circunda, te favorece ou determina algo. Hoje em dia, não sei quantas crianças e adolescentes têm uma avó como a minha. Quando falo em livros, me refiro especialmente aos de papel, que podem ser carregados pra todo canto. Não sou contra e-books e versões em pdf. Tenho várias no computador, acho que são úteis pra conhecer uma obra. Mas nada substitui os livros tradicionais! mini_gifs84 Os meus sempre têm etiquetinhas, marcando passagens, histórias, crônicas ou contos preferidos. Ler bons livros, me ajuda a pensar e escrever melhor e é claro que isto acontece com todo mundo. É por isso que defendo os clássicos e livros atemporais, escritos por autores consagrados pela competência. Nos clássicos, está a bagagem cultural do Ocidente. E nós, brasileiros, devemos, sim, valorizar nossos escritores, que são excelentes! Leia. Peça dicas. Preste atenção aqui no blog, sempre trarei dicas de leitura e textos legais. Visite bibliotecas, faça uma carteirinha e aproveite um patrimônio gratuito! Tente gêneros diferentes, fuce, não tenha medo de fazer perguntas e não desista diante de obras mais desafiantes. Estou escrevendo sobre livros, mas tente outras publicações, também. É assim que se forma repertório. Com os livros, nós estabelecemos uma relação completamente pessoal. Ninguém lê da mesma forma. A imersão e o envolvimento que experimentamos, ao ler um livro, filme nenhum reproduz! Leia, porque ler é bacana, é um prazer, não porque pessoas que não lêem te disseram que é “importante”!

O que posso fazer, é compartilhar com vocês minhas leituras preferidas, da mesma forma que faço com as músicas e todo o resto. Então, meu próximo post será sobre Os Filhos dos Dias, do Eduardo Galeano. E será mesmo, vou escrevê-lo hoje e postá-lo amanhã, pra vocês terem uma boa companhia no feriado! Smile Aliás, divirtam-se com juízo, apreciem o feriado com moderação e nos vemos na próxima postagem!

Abraços literários,

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