quarta-feira, 30 de abril de 2014

23 de abril–Dia Mundial do Livro

th_1346_1

Olá! Smile Tudo bem com vocês? Espero que sim! Comigo tudo bem. Peço desculpas pela demora (de novo), mas tenho vivido bastante (graças a Deus! ^^ Não, não sou uma pessoa religiosa, só acho que existe um princípio que mantém todo o universo e costumo ser grata a este princípio por todas as conquistas que faço …) e há outras coisas a fazer, além de escrever este blog. Pretendo ser mais assídua, entretanto (estou solene, não?! Daqui a pouco passa, espero …).

Talvez alguém estranhe o título deste post, porque estou 7 dias atrasada. Antes de mais nada, a minha noção de tempo é diferente th_nose3. Às vezes, comento atualidades no Multi Maiden e já me orgulhei de ser uma pessoa “bem informada”. Lia notícias em vários sites, mas, de uns tempos pra cá, tenho achado tudo chatíssimo, sem propósito e conteúdo th_siro07. O que me interessa, dificilmente é notícia. Gosto do que é belo, curioso, inusitado, adoro quando pessoas únicas, que fazem coisas originais, contam suas histórias, etc. Então, não me concentro muito no que é atual. Inclusive, não gosto da mania que algumas pessoas têm de dizer que coisas são “ultrapassadas”. Há o que de fato não resista ao teste implacável do Tempo. Mas, certas coisas são atemporais. E eu também não necessariamente comento um fato no dia em que ele acontece. Sou o tipo de pessoa que gosta de formar opinião, antes de abrir a boca (ou teclar) e isso leva tempo. Datas comemorativas, como o Dia Mundial do Livro, acontecem todo ano e, via de regra, quem tem texto pronto no dia, fez pesquisa antes (na melhor das hipóteses). De acordo com a wiki, a data foi criada pela UNESCO, em 1995, pra promover o prazer da leitura. Posso falar sobre isto em qualquer dia do ano, pois entendo do assunto th_h260920_05. Mas, claro, aproveitar a proximidade da data ajuda …

Escreverei sobre livros inúmeras vezes, aqui, inclusive compartilharei com vocês não apenas livros, mas o que gostei de ler, de forma geral. Gosto de ler desde que fui alfabetizada. Um livro que marcou minha infância foi A Bela Borboleta, do Ziraldo, sobre uma borboleta presa nas páginas de um livro. Personagens de vários contos de fadas se dispõem a libertá-la, mas … eu não vou contar o que acontece, né?! Nyah-Nyah O livro é uma gracinha e traz uma bela mensagem sobre o significado dos livros! Recomendo a leitura. Com certeza, ele pode ser encontrado em bibliotecas escolares e públicas infanto-juvenis. Uma muito bacana, que eu frequentava muito, é a Monteiro Lobato, aqui em São Paulo (http://bijmlobato.blogspot.com.br/). Dou uma dica a vocês: frequentem bibliotecas públicas. Elas oferecem acesso gratuito a livros, revistas, jornais, enciclopédias, dicionários e outros materiais de consulta e pesquisa e têm, claro, a seção circulante, de livros (entre outros) para empréstimo.

63-105032-0-5-a-bela-borboleta-ziraldo

Imagem retirada do catálogo da Fnac.

Outro livro que marcou minha infância, eu não lembro o título nem o autor (ou autora). Só sei que as ilustrações eram lindas! Este é um aspecto no qual presto bastante atenção, não só por também desenhar e pintar, mas por gostar de arte. Gosto de livros infanto-juvenis até hoje e costumava brincar, quando trabalhava como professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental, que tinha uma desculpa pra gostar deles th_siro01. O livro em questão explicava o ciclo da água na natureza e era narrado por uma gotinha. Não sei que fim levou Sad smile. De lá pra cá, li muito, fui frequentadora assídua de algumas bibliotecas de São Paulo (pretendo retomar o hábito) e até estudei Letras. Mas passei por fases em que não li coisa alguma. Agora estou realizando o sonho (se é que posso dizer assim) de montar minha própria biblioteca. Eu, pelo menos, acho que a biblioteca pessoal deve ser constituída dos livros que gostamos de ler, pra que possamos voltar a eles sempre que quisermos. Existem pessoas que têm estantes repletas de livros que nunca leram e estão lá, acumulando poeira. Outras, chegam ao cúmulo de comprar lotes de livros em sebos, só pra preencher espaço nas estantes. Ninguém merece! tadin É a tal da ostentação, que, como eu já disse, não começou com o funk carioca. Ostentação da estupidez, no caso.

Livros, existem de vários tipos, assim como literatura. Geralmente, a maioria das pessoas associa os livros aos romances. Mas, livro de culinária também é livro, por exemplo. Eu tenho vários livros de tricô/crochê/costura, origami, artesanato e culinária na minha biblioteca. O objetivo da UNESCO, ao criar o Dia Mundial do Livro, não foi dar ênfase a livros não-literários, mas eu quero dizer que eles também podem ser muito especiais e despertar encantamento e até vontade de ler. Existem livros super bem escritos, que não são literários e até mencionam contos, romances, poemas e grandes escritores! Mas, voltemos à literatura. O que a blogueira gosta de ler? th_h261018_07 Literatura. Meus escritores preferidos são todos considerados extraordinários (e são mesmo). Talvez, numa explicação beeem grosseira, o diferencial da literatura seja que o autor (ou autora) não se preocupa apenas em contar uma história ou escrever, simplesmente. Ele(a) se preocupa com a forma, em como vai produzir o texto, cuida das palavras, dos sons, significados. É um trabalho de arte, em que os elementos são escolhidos. Escrever não é só pôr palavras num suporte. É fazê-lo com engenho e arte, como diria um certo poeta português. Eu já disse que meus gostos são geralmente elitistas e, no meu caso, é fatalidade. Eu nasci assim, não posso fazer nada! Houve uma época em que me recusava a ler best sellers. Hoje, estou menos intolerante e até topo um livro que está bombando nas paradas de sucesso, de vez em quando. A trilogia Jogos Vorazes, de Suzanne Collins, por exemplo, me surpreendeu! Comprei os livros, li em tempo recorde, assisti os filmes e até comprei um anel de mockingjaySurprised smile Depois eu mostro ele procês … Mas, um dos meus livros preferidos continua sendo A Odisséia de Homero. Porque é absolutamente fodástico, com o perdão do termo! Porque numa época em que o Steven Spielberg nem pensava em nascer, uma história cheia de aventuras, detalhes e personagens incríveis era cantada (sim, cantada!music_azul) pra uma platéia fascinada! Preciso reler A Odisséia! E, claro, recomendo muito a leitura! Thumbs up Pra quem não está acostumado com poesia, uma versão em prosa é mais indicada. Eu me identifico com o Odisseu (também conhecido como Ulisses) porque ele fez uma jornada de décadas em busca de si mesmo. Gosto dos clássicos, daquelas histórias que mexem com a nossa estrutura interna! Prefiro prosa, mas também adoro poesia, principalmente a infantil (vai achando que escrever poesia pra criança é fácil, vai …). Tenho lido muitos romances, mas também gosto de contos, crônicas, novelas. E, talvez, neste momento, alguns de vocês tenham começado a boiar … th_06720k1_06

Nós aprendemos, nas aulas de Literatura, que existem diferentes gêneros literários e este conhecimento é útil, porque livro, afinal de contas, é só o suporte em que está escrita alguma coisa e algumas pessoas podem desistir de ler, porque só conheceram romances, mas se identificariam mais com contos ou crônicas, por exemplo! Então, eu pretendo transmitir o conhecimento (que não é, assim, uma Brastemp) que adquiri na faculdade, pra dar dicas de leitura a vocês. Quem não está acostumado a ler, não tem idéia da variedade de textos que existem! Eu não aconselho romances de centenas de páginas para iniciantes. Existem textos mais curtos, leves e interessantes, como novelas, contos e crônicas. Existem histórias. Há excelentes autores que escreveram livros apenas com histórias curtas. Um deles, é o uruguaio Eduardo Galeano, um dos meus preferidos. Vários livros deles são coleções de histórias curtinhas, mas encantadoras, cheias de significado, lirismo e uma visão bastante crítica da civilização em que vivemos! Não sei dizer quando, exatamente, me apaixonei pelo Galeano cute_cao_43 . Comecei a ler textos dele em blogs progressistas (não, não sou comunista e sou vegetariana, portanto, jamais me alimentaria de criancinhas). Aí, comprei os livros: As Veias Abertas da América Latina (que amei!), Vagamundo, Bocas do Tempo, a trilogia Memória do Fogo, Amares (em Espanhol) e Os Filhos dos Dias. Este, foi um dos últimos livros que comprei e li. É uma espécie de calendário, com um quê de almanaque, organizado em meses e dias, em que o Galeano conta uma história, comenta um fato ou mostra algo relacionado a determinado dia. Ele tem um jeito muito gostoso de escrever, próximo, parece que está mesmo nos contando as histórias e ensina de forma simples, não há nada de pedante nas palavras dele! Aliás, não há objetivos didáticos: o Eduardo Galeano conta histórias. Mas nelas fica evidente a sua erudição. E ele é completamente acessível! Qualquer pessoa pode se apaixonar por ele! Escolhi Os Filhos dos Dias, pra começar a compartilhar a prosa deliciosa do Eduardo Galeano com vocês. A foto é minha, mesmo e eu comprei o livro na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, aqui em Sampa.

Os Filhos dos Dias

Enfim, aos que ainda estão acordados, a conclusão mini_gifs15: o prazer de ler se adquire, lendo. Sem dúvida, o contato com leitores apaixonados ajuda bastante, mas nem sempre as circunstâncias são favoráveis. Vivemos numa sociedade cada vez mais tecnológica, em que a vida acontece em gadgets. Não sei quantos pais, avós ou congêneres ainda contam histórias para as crianças, ou mesmo brincam com palavras, como minha avó fazia. Ela recitava quadrinhas, parlendas, trava-línguas. Foi ela quem me ensinou as rezas católicas e muitas cantigas tradicionais. Quando eu era criança, sempre havia um adulto pra nos propor adivinhas ou charadas e nós adorávamos decifrar enigmas. Essas coisas parecem inocentes, mas eu não amaria tanto as palavras, se não fosse a minha avó. Ela mesma tinha um jeito original de se comunicar, brincava com as palavras. Não tinha estudo, aprendeu a ler tarde, mas gostava de ler e se envolvia, de verdade, com as histórias, característica que herdei. Quando um conto, novela ou romance (principalmente) mexe comigo, me isolo no quarto, pra me emocionar à vontade mini_gifs66 . Tive acesso a livros desde pequena, mas só eu, na família, tenho por eles uma paixão inexplicável. É por isso que digo que nem sempre o ambiente que te circunda, te favorece ou determina algo. Hoje em dia, não sei quantas crianças e adolescentes têm uma avó como a minha. Quando falo em livros, me refiro especialmente aos de papel, que podem ser carregados pra todo canto. Não sou contra e-books e versões em pdf. Tenho várias no computador, acho que são úteis pra conhecer uma obra. Mas nada substitui os livros tradicionais! mini_gifs84 Os meus sempre têm etiquetinhas, marcando passagens, histórias, crônicas ou contos preferidos. Ler bons livros, me ajuda a pensar e escrever melhor e é claro que isto acontece com todo mundo. É por isso que defendo os clássicos e livros atemporais, escritos por autores consagrados pela competência. Nos clássicos, está a bagagem cultural do Ocidente. E nós, brasileiros, devemos, sim, valorizar nossos escritores, que são excelentes! Leia. Peça dicas. Preste atenção aqui no blog, sempre trarei dicas de leitura e textos legais. Visite bibliotecas, faça uma carteirinha e aproveite um patrimônio gratuito! Tente gêneros diferentes, fuce, não tenha medo de fazer perguntas e não desista diante de obras mais desafiantes. Estou escrevendo sobre livros, mas tente outras publicações, também. É assim que se forma repertório. Com os livros, nós estabelecemos uma relação completamente pessoal. Ninguém lê da mesma forma. A imersão e o envolvimento que experimentamos, ao ler um livro, filme nenhum reproduz! Leia, porque ler é bacana, é um prazer, não porque pessoas que não lêem te disseram que é “importante”!

O que posso fazer, é compartilhar com vocês minhas leituras preferidas, da mesma forma que faço com as músicas e todo o resto. Então, meu próximo post será sobre Os Filhos dos Dias, do Eduardo Galeano. E será mesmo, vou escrevê-lo hoje e postá-lo amanhã, pra vocês terem uma boa companhia no feriado! Smile Aliás, divirtam-se com juízo, apreciem o feriado com moderação e nos vemos na próxima postagem!

Abraços literários,

Lunamini_gifs185

terça-feira, 22 de abril de 2014

Botando o bloco na rua.

Oi pessoalmini_gifs184 Como estão? Espero que tenham aproveitado bem o feriado prolongado! Eu aproveitei Smile. E não atualizei o blog antes, por causa disso. Não sei se já comentei, mas, sei fazer muitas coisas (mudo de assunto de uma forma meio abrupta, mesmo! Surprised smile). E não estou me gabando. Passei anos me dedicando aos meus hobbies, sem compartilhá-los. Nunca fui exibicionista! Minha postura era a oposta. Sem dúvida não sou a única a ter esta impressão, mas, no Brasil, muitas pessoas vivem de exibição. Existe até um conto, excelente, do Machado de Assis (um dos meus escritores preferidos), chamado O Espelho, sobre um alferes que não tinha identidade ou propósito na vida, sem a farda de alferes, o seu posto, visto, reconhecido e louvado pelos circunstantes (adoro essa palavra! ^^). Sem parentes, amigos e escravos para reconhecerem-no como alferes, sua essência se dissolvia a ponto de sua imagem ficar difusa, no espelho! Recomendo a leitura do conto, vou até colocar o link, no final do post. Muita gente simplesmente não existe sem os outros, sua existência é justificada pelas reações alheias. São os tais que nos presenteiam com postagens frequentes e insignificantes nas redes sociais, os que não dão um passo sem anunciá-lo aos quatro ventos, os que de fato se gabam do que sabem ou podem fazer, o bando de malucos que chegam ao extremo de tirar foto ao lado do parente, amigo ou congênere morto, no caixão, em pleno velório e postar no Face, etc.! Eu, aliás, torço pra que os espíritos dos finados persigam os infelizes que têm esta idéia de péssimo gosto! Ghost Gente assim, não vive pra si, vive de exibição. É o pessoal que devia amarrar uma melancia no pescoço, como dizia a minha avó. Não sou a única que acha isso chatíssimo Annoyed. Talvez, os reality shows e as redes sociais tenham potencializado a mania de querer aparecer, de muitas pessoas. Mas, nem todos podem ser celebridades! É complicadíssimo determinar o que faz uma. Eu prefiro acreditar que quem tem talento, mais cedo ou mais tarde, aparece. E essas pessoas são discretas! Então, um dos fatores que me levaram a não mostrar o que sei fazer, foi o exibicionismo alheio. Eu tenho um profundo respeito pelo próximo e sei que o universo não gira ao meu redor. Mas talvez tenha pecado por excesso de recato Embarrassed smile.

Outro fator é a absoluta inutilidade das minhas habilidades. E não, não tentem me consolar, guardem a caixinha de Kleenex, estou completamente ok com isto! Desenho, pinto, faço origami, tricô, crochê, envelopes, cartões (sou bastante habilidosa com papel), vou me inscrever em cursos de corte e costura, faço friendship bracelets, bijuterias, acessórios, roupas, canto, danço, escrevo, … Tudo que faço é bonitinho, singelo e não funcionaria, de jeito nenhum, como veículo de opressão. Explico: são muitas as pessoas neste país que usam suas habilidades, postos e títulos pra machucar os outros, desejando ardentemente que se sintam inferiores. O clássico “Sabe com quem você está falando?!” é um exemplo e tanto. Eu faço bichinhos de tricô e … não poderia usá-los contra ninguém 30. O que consigo é fazer pessoas sorrirem e se sentirem melhores mini_gifs50. Até escrevi mais detalhadamente sobre isto no meu blog em Inglês (http://multimaiden.blogspot.com.br/2013/12/is-happiness-sin.html). Recentemente, publiquei, pela primeira vez na televisão, ou melhor, na internet, um álbum com artesanatos de Páscoa, no Facebook e meu irmão decidiu compartilhá-lo em sua timeline. Eu não soube de nada, mas sempre tive uma sensibilidade absurda e sei que contatos dele ficaram com raiva. Sim, isto também pode ser traduzido como inveja. Ou recalque, como diria a filósofa contemporânea Valesca Popozuda (beijinho no ombro, aliás …Red lips). Às vezes, acontece. Existe gente que tem ódio do que é bonitinho e singelo e eu só posso concluir que são pessoas muuuito infelizes! figielekFelizmente, são muitos os que sorriem e ficam felizes, o que me encoraja bastante. Nenhuma das minhas habilidades é útil do ponto de vista capitalista ou coxinha. Eu posso até vender o que sei fazer, e já fiz isso. Mas, como já disse, não posso (nem quero) oprimir ninguém com meus talentos. Minhas habilidades dizem respeito a coisas que acalentam a alma. Na faculdade, uma colega, pessoa felicíssima, super bem resolvida, me apelidou de “princesa alegre” e era obcecada por me ridicularizar. Isto, no primeiro ano, A partir do segundo, eu mudei de horário e me tornei uma das alunas mais populares da faculdade. E não deixei de ser uma princesa alegre . Mas, continuava escondendo minhas habilidades. Quer dizer, mais ou menos. No Magistério, quase encontrei o nirvana, porque podia usar todas as cores, lantejoulas, estrelinhas e coisas fofas, pra decorar meus trabalhos, sem que perdessem o conteúdo! Na faculdade, fazia o mesmo, de vez em quando, e às vezes, de pirraça, porque sempre vou achar os adultos típicos chatos demais. Mas achava que seria tradutora de Italiano, trabalharia para uma grande empresa, moraria na Itália e me casaria com um bonitão como os jogadores da squadra azzurra. Ou seja, na minha mente, teria o destino de todos os universitários ou quase: um emprego sem cor, bichinhos ou glitter minibrilho. Desenho desde muito pequena, fiz curso de Desenho Artístico e Pintura (mas o que faço não tem nada a ver com o que aprendi) e cheguei a parar de desenhar, durante a faculdade. E de fazer todo o resto. Quando o que você sabe fazer não é “útil”, haja força pra continuar!

O tempo passou, eu me casei (sim, fui casada), passei por inúmeros percalços e pude ressucitar meus talentos. Mas pelos motivos elencados acima, mais todas as circunstâncias, nem me passava pela cabeça mostrar o que eu fazia, pra alguém além das pessoas próximas (isto, quando elas viam). Guardei meus trabalhos artísticos numa pasta e todos são esboços, tentativas, nada sério. Eu sempre fui diferente demais e, no ambiente em que vivia, artistas eram seres esquisitos, deslocados, especialistas em coisas inúteis, como eu já disse. Os parentes sonhavam destinos pomposos pra mim (médica – eu, que não suporto ver sangue e vísceras em filmes e séries de tv!; promotora de justiça; no máximo estilista, já que desenhava bonequinhos com roupinhas e acessórios. Mas eu teria que ser uma estilista muito absolutamente fodástica, com o perdão do termo!), enquanto eu fazia bonequinhos de lã ou papel e passava a tarde inteira brincando com eles. Sempre fui inteligente e acreditavam que eu seria uma profissional extraordinária, enquanto eu brincava de fazer vestidinhos pras minhas Barbies, sem sucesso, porque não dominava a técnica. Tipo, frustrei tudo que é sonho de grandeza, da família. Não nasci pra ser uma “vencedora”. Estou sinceramente obrando pra isso! Já disse que ainda não sei o que quero ser quando crescer. Quero ser feliz, já é alguma coisa! mini_gifs76 Fiz muitas coisas nos últimos anos (há uma década), mas não mostrei, nem levei nada muito a sério. Não queria aparecer, não fazia nada de “útil”, mesmo, era ridicularizada por ser cutie (só fui notar e priorizar as reações positivas, bem mais numerosas, depois) e artista, no Brasil … só quem é, sente o drama! O ambiente te desencoraja, a não ser que você conviva com outros artistas dispostos a te incentivar e não a te destruir.

Eu sempre tive amigos estrangeiros, principalmente europeus e eles sempre me elogiaram e incentivaram. Pra eles, mostrei muito mais coisas que pro pessoal daqui. Um dos meus amigos, suíço, por quem me apaixonei e desapaixonei com o mesmo fervor (Ah! A adolescência …), queria que eu vendesse tudo, desse aula de dança, etc. E eu tentava explicar que na Suíça podia até ser, mas aqui … Hoje, penso menos em carreira e grana e mais em ser quem sou. Olhando minha pasta de esboços, percebo que tenho um estilo e que ele é meu. Não sei se meus trabalhos aparecerão numa galeria e … dane-se, pra não dizer outra coisa! Nyah-Nyah Quase todas as minhas habilidades são ligadas a trabalhos manuais, muitas à Moda e à Arte. Não estou pensando, por enquanto, em quanto lucro ou sucesso posso obter com elas. Já disse que não quero fama, quero que as pessoas gostem do que vêem e não me importo de ter só meia dúzia de leitores ou admiradores, desde que a nossa troca seja verdadeira! Tive que conhecer pessoas muito desagradáveis pra perceber que minha maneira de ser e agir, é diferente. Sim, eu sei fazer coisas, várias. E agora me sinto suficientemente à vontade pra mostrá-las, porque deixei de lado os outros. Vê quem quer, curte quem quer. Me despi de pretensões. Não há nada de extraordinário no que faço, mas tudo é feito com muito carinho e eu dou, sim, muito valor ao que é bonitinho e singelo! mini_gifs84 É a minha linguagem, não estou nem um pouco afim de pagar de blasé e não é o dinheiro das inimiga que invisto nas minhas coisas! Comecei mostrando meus trabalhos timidamente, numa conta no Flickr, que só tinha amostras de pontos de tricô, no começo. E umas fotos meia-boca, por causa da “cortina” azul da sala e minha falta de diálogo com a câmera digital. Estou evoluindo no manejo da dita-cuja (sou boa fotógrafa, mas dos tempos da Canon com rolinho de filme), então, as fotos estão melhorando e eu decidi diversificar o Flickr. Colocarei a maior parte dos meus artesanatos lá. Deixarei o link no final do post e darei um jeito de colocar o ícone do Flickr aqui no blog. De qualquer forma, mostrarei meus trabalhos aqui e no Multi Maiden, também. Multi Maiden, aliás, que foi outro ato de coragem. Como disse no primeiro post, sempre escrevi, mas nunca tinha tido coragem, talvez, de compartilhar meus escritos. Simplesmente decidi fazê-lo e a coisa tem evoluído até aqui. Não sei se o que faço é incrível. Sempre disseram que escrevo muito bem. Mas, meu objetivo é que vocês, queridos leitores, sorriam, se identifiquem e comovam. Se meus blogs fizerem parte da vida de vocês, me sentirei satisfeita e estimulada a continuar! Não quero aparecer, não penso em milhões de seguidores. Quero o que é verdadeiro. Então, é isso: decidi mostrar minhas habilidades na internet, além da escrita. No Flickr continuarei postando pontos de tricô, até pra ter uma coleção e me lembrar de como eles são (tricoteiras entenderão), mas já coloquei alguns artesanatos de Páscoa e, com o tempo, todos os meus trabalhos estarão lá. Semanalmente, dedicarei posts a mostrar o que sei fazer por aqui, também. Não sei se vai dar em alguma coisa. Eu quero é botar meu bloco na rua!

Abraços e até a próxima postagem!

Lunamini_gifs185

Meu FLICKR: https://www.flickr.com/photos/multi_maiden/

Link para o conto O Espelho, de Machado de Assis: http://www3.universia.com.br/conteudo/literatura/O_espelho_de_machado_de_assis.pdf

 

mcblinkie0812

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Baladinha pra curar a dor.

ab-gn

Boa noite! Como vão vocês? Peço desculpas pelo atraso, mas meu fim de semana foi bastante agitado e os últimos dias, um pouco difíceis. Mas não abrirei mão deste blog, não se preocupem!

São tantas as coisas que desejo compartilhar com vocês! Sei que prometi mostrar mais não-hits do Skank, mas é algo que me dará um certo trabalho e não estou podendo esperar muito pra atualizar este blog! Não esqueci e vou preparar um post bem bacana a respeito em breve! A idéia do post de hoje surgiu quando eu estava assistindo televisão, há uns dias atrás. O finalzinho do “Altas Horas”, programa que nem assisto, mas fui cativada pela Fernanda Takai interpretando uma versão de uma música que simplesmente adoro! musicmusic_azul Mas, antes, alguma introdução:

Quando eu era criança e adolescente, o cantor britânico George Michael fazia um tremendo sucesso. Não sei se estou ficando velha e nostálgica, mas o pop dos anos 1980 e 1990 era bom! Thumbs up Eu tenho uma coletânea dupla de greatest hits do George Michael e ainda gosto muito de ouvi-la, de vez em quando! As baladinhas dele, como Careless Whisper (que é brega pra burro, mas, quem não conhece?! O solo de sax é inconfundível!), Father Figure e One More Try tocavam no rádio e nos bailinhos de garagem (na minha adolescência querida, que os anos não trazem mais, os adolescentes do bairro improvisavam bailes na garagem de alguém. Muitos primeiros beijos foram dados e muitos namoros começaram em algum!). Até hoje, tocam em emissoras de “música de elevador ou sala de espera” e programas tipo “Vale a pena ter saudade”, de emissoras populares. Eu sempre gostei das baladinhas do George Michael (mas as músicas dançantes, dele, são as minhas favoritas!), menos da Careless Whisper, que é meio demais pro meu gosto musical! Na adolescência, tinha mania de escrever “poemas” (ou derramamentos sentimentais sem nenhuma ligação com a poesia de verdade) com títulos de músicas, imitando descaradamente um amigo italiano. Um deles, chamei de Father Figure, porque gostava de homens mais velhos. Hoje, não careço mais de pai, não e até acho a Father Figure meio chatinha.

À medida que meu gosto musical foi apurando, ou minha sensibilidade se desenvolvendo, comecei a gostar muito, mas muito mesmo de uma balada do George Michael, chamada Heal The Pain. É tão gostosa de ouvir, que eu sou capaz de fazê-lo dezenas de vezes seguidas! mini_gifs50 Tem uma levadinha sensual, envolvente, é quase uma canção de ninar ao pé do ouvido (ou não exatamente de ninar …)! A letra pode ser interpretada como a conversa mole de um rapaz afim de ficar com uma moça, que sofreu uma decepção amorosa. Mas, eu não ando amarga ultimamente, então, prefiro acreditar nas boas intenções do compositor, afinal, tudo que uma mulher ferida deseja é, no futuro, encontrar alguém que faça a gentileza de não dar mancadas como quem respira! A Heal The Pain é uma maravilha de ouvir!minisom Bem o típo de música romântica que me agrada. Não é melequenta! É sensual, cálida, sedutora, o discurso de quem sabe o que está fazendo, com um ritmo perfeito! Winking smile Adoro a versão do George Michael. Adoro mais ainda o dueto dele, com o Paul McCartney. E tive uma felicíssima surpresa ao ouvir a Fernanda Takai interpretar uma versão da Heal The Pain, chamada Pra Curar Essa Dor, no “Altas Horas”mini_gifs187 Quando fucei no YouTube e soube que a versão de estúdio é um dueto dela com o Samuel Rosa, me apaixonei de vez! Eu nunca tinha prestado grande atenção na voz da Fernanda Takai, até o Pato Fu lançar um cd delicioso (não, cds não fazem parte da minha dieta, engraçadinhos!Smile with tongue out) chamado Música De Brinquedo. Sabe quando você acorda pra uma banda? Depois que eu escrevi um email pra Fernanda, elogiando o álbum, e ela respondeu, e foi super fofa, só não digo que virei fã dela, porque não sou fã nem da Hello Kitty th_0119h2_08. Mas, parei pra prestar atenção na voz dela. É provavelmente a mais doce da MPB! Se eu cantar a Heal The Pain e até a Pra Curar Essa Dor, vão soar sensuais e cálidas. Mas a Fernanda conseguiu dar à versão uma cara única, que é muito mais docinha, bonitinha, romantiquinha, bem canção de ninar, mesmo! Ficou uma graça! Recomendo não só a música, mas o álbum do qual faz parte, Na Medida do Impossível, trabalho novo da Fernanda. Pode ser encontrado facilmente no YouTube e eu não vou colocar o vídeo aqui, porque não estou falando do álbum. Vou comprar o meu, o mais rápido possível! th_L1_624

Então, aproveitem a Heal The Pain em dose tripla! A primeira, é a versão original, do George Michael, de 1990. A segunda, que é uma maravilha, tem a participação super especial de Sir Paul McCartney, de 2006. E a terceira, é em Português, dueto da Fernanda Takai e do Samuel Rosa. As três valem muito a pena! Apreciem sem moderação! Smile São perfeitas pra curar a dor!

Nos vemos na próxima postagem! Amanhã, provavelmente.

Lunamini_gifs185

Heal The Pain – George Michael (1990):

Heal The Pain – George Michael e Paul McCartney (2006):

Pra Curar Essa Dor – Fernanda Takai e Samuel Rosa (2014):