Independência do Brasil, música clássica e novidades no Flickr.

Olá, meus queridos leitores Tudo bem? Espero que sim!

Este título promete, não?! ... Espero que cumpra! ... Vocês não têm idéia do quanto é complicado ser totalmente responsável por dois blogs pessoais, uma conta no Flickr e todo o resto! Não é uma reclamação, apenas um depoimento, embora a palavra depoimento me dê a impressão de que estou na delegacia, prestando queixa ... (Deus me livre!) Quase todo o conteúdo dos meus blogs é produzido por mim (ou seja, se você deseja utilizá-lo, fique à vontade, MAS, por favor respeite a licença creative commons. Cite a fonte! Eu cito a fonte de tudo que não é criação minha, é respeitoso, simpático e não custa nada! ). As fotos do Flickr são minhas, geralmente de coisas feitas por mim . E é coisa pra caramba, dá um trabalhão! Estou me acostumando, ainda, à vida online . Nasci em 1980 e, naqueles tempos pré-históricos, comprávamos rolinhos de filme pra colocar em nossas câmeras e toda vez que tirávamos foto, ouvíamos o barulhinho característico da movimentação do filme. Depois, levávamos os rolinhos pra um local que revelava fotos (e, às vezes, oferecia ampliações). Ou seja, o processo era lento (e o barato era louco)! Ficávamos ansiosos à espera do resultado das nossas aventuras fotográficas, colocávamos as fotos em álbuns, porta-retratos ou espalhadas por murais. Eram outros tempos. Mais charmosos, eu acho . Hoje em dia, qualquer smartphone tem uma câmera razoável, são vários os gadgets que tiram fotos e não existem mais intermediários, dá pra ver na hora se a foto ficou boa ou não e tirar mais um monte, se necessário! Eu tenho uma câmera digital Kodak EasyShare C195, à qual me apeguei (a gente pega amor!) mas está ficando meia-boca para os meus propósitos, ou seja, preciso de uma mais ... potente? É claro que rolos de filme ainda existem e pessoas tiram fotos à moda antiga, principalmente fotógrafos profissionais. Mas, eu sou apenas uma mulher latino-americana com algum dinheiro no banco, sem parentes importantes e vinda da cidade grande. Pessoas comuns usam câmeras digitais. Todas as fotos que tiro cabem num cartãozinho. Aí, eu coloco o cartãozinho no laptop e posso copiá-las ad infinitum. Vocês não têm idéia do que é isto, na minha cabeça! Lido muito bem com tecnologia, mas tenho um lado absolutamente retrô, que fica bege diante desta vida instantânea, dos tempos modernos! Então, preciso lidar com as tantas coisas que faço, mais o pasmo de colocá-las na web, principalmente porque não me sinto muito à vontade me expondo! É, eu sou complicada ... Mas, as coisas têm ido bem. Só preciso de organização (sei que já disse isso centenas de vezes).

Então ... os últimos dias foram ligeiramente tempestuosos por questões pessoais (não insista!) e eu fiquei meio fora do ar. Não saí no último fim de semana, mas até fiz coisas. É que – esta é uma teoria, que pretendo desenvolver melhor em breve – a internet e o avanço tecnológico nos sobrecarregam de informações e, se deixarmos, transformam todas as nossas experiências em algo de consumo imediato, que simplesmente registramos em blogs, sites e redes sociais, sem necessariamente termos, de fato, vivido. É claro que eu gosto de ser blogueira e flickeira. A internet me permite fazer o que realmente gosto e encontrar pessoas com interesses semelhantes ou com as quais simplesmente tenho afinidade de alma. Mas, sempre existe o perigo de eu começar a fazer todas as coisas com o intuito de colocá-las na internet. Vocês me entendem? Aí, as experiências, em si, perdem o sentido e só a quantidade de coisas diferentes ou curiosas que faço, passam a ter importância. Inúmeras pessoas são assim: não vivem de fato, apenas acumulam pseudo experiências na internet. Eu não quero que aconteça comigo. Acho fundamental separar minha vida pessoal e real, da virtual. Certas coisas, simplesmente faço, sem nenhuma vontade de dar satisfações. Meus blogs não são diários. Por isso bato tanto na tecla da organização. É preciso selecionar os assuntos e experiências relevantes. Certo? Certo. Vamos a eles:

Eu já disse que gosto de História? Não, eu não disse que faria faculdade de História e seria professora, historiadora ou algo do gênero. Disse que gosto de História . Acreditem, é possível gostar de algo sem pensar em dinheiro, carreira, profissão, etc.! Quando era criança e, principalmente, adolescente, não suportava História. Sou professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental e, na época em que estudava e preparava aulas, nas quais só transmitia noções de História, também não gostava. Não sei, exatamente, o que aconteceu, mas durante meus 20 anos, quando resolvi mandar emprego em escola pública e mais meia dúzia de coisas para a casa daquilo mesmo que você está pensando, comecei a gostar de um monte de coisas! Entre elas, História. Não sei se fui abduzida por alienígenas historiadores , se o espírito de Heródoto foi meu encosto durante alguns anos, se um tijolão de História do Brasil caiu na minha cabeça e mudou meu modo de ver as coisas, só sei que aconteceu . Na minha época de estudante, História era uma sucessão de datas, em que meia dúzia de homens poderosos eram os únicos responsáveis por acontecimentos considerados relevantes . Eu só passava de ano graças à famigerada decoreba. Aí, um dia, graças principalmente aos livros do Jaime Pinsky e a duas coleções extraordinárias (História da Vida Privada e História da Vida Privada no Brasil), eu percebi que História é sobre a vida das pessoas, inclusive a minha, a sua, a nossa, a vossa, a deles. Todos nós somos personagens históricos. É claro que certos acontecimentos são mais relevantes, mas, primeiro: não foram ou são feitos por um homem só. Segundo: a História também é feita de pequenas coisas. O que contei sobre as câmeras fotográficas dos meus tempos de criança e adolescente. Este blog. Os causos dos seus avós. História é vida! Sério! Desde que descobri isso e li livros decentes, de historiadores e profissionais dedicados e apaixonados pela área, virei fã de História, principalmente a do Brasil! Houve uma época em que estudava por conta própria. É que eu simplesmente lia, não lembro se deixei muitos registros. Mas li Casa Grande e Senzala (não posso dizer que foi a mais agradável das experiências ...), do Gilberto Freyre, Raízes do Brasil, do Sérgio Buarque de Holanda, Formação do Brasil Contemporâneo, do Caio Prado Jr. e outros clássicos. Você, que está lendo este post, já pensou em ler um livro de História por ler, sem a necessidade de estudar? É possível. E pode ser uma experiência e tanto! Eu gosto de saber como as pessoas viviam antes, o que motivou os tais grandes acontecimentos, desde que numa perspectiva humanitária, né?! Porque também existem historiadores escrotos, ou gente que simplesmente manipula a História pra disseminar preconceitos e atentar contra os direitos humanos . Não, eu não sou petralha. Mas, sou progressista. Sei lá, acho mais charmoso não ter ódio dos meus semelhantes ou temê-los, como se fossem devorar minhas vísceras só porque somos diferentes. Questão de ponto de vista. Então ... quando estive na Bienal do Livro, encontrei o livro 1822, de Laurentino Gomes, da editora Nova Fronteira. Não vou dar spoiler do livro, mesmo porque não é necessário. Ele apresenta fatos sobre a Independência do Brasil de maneira bastante acessível e interessante, é fruto de um longo e minucioso trabalho de pesquisa e elaboração! E, nele, fica patente o fato de a História ser sobre seres humanos, não heróis. O livro elucida muitas questões que até hoje são problemáticas para o Brasil, como a da dívida (o Brasil, como nação, surgiu endividado). E mostra fatos curiosos sobre os personagens da Independência: D. Pedro I, José Bonifácio, a princesa Leopoldina, a Marquesa de Santos. É um livro muito bacana, eu li rapidinho e recomendo! Gostei tanto, que já comprei o 1808 e o 1889, do mesmo autor! Eis a fotinho do 1822:

Música clássica . Adoro! Mesmo. E não pretendo esgotar o assunto, hoje. Aliás, não pretendo escrever exatamente sobre música clássica, mas sobre o último cd que meu irmão trouxe, da coleção da Folha de São Paulo – Mestres da Música Clássica. Nós nos interessamos pela coleção, por gostar muito de música clássica, óbvio, e também porque não temos, ainda, um repertório todo organizadinho. E como, graças a Deus, não é necessário comprar o jornal (huahuahuahuahua!!!! ), meu irmão tem comprado os cds . Semana passada, fui agraciada com uma coletânea do Tchaikovski, meu compositor preferido! A Suíte do Quebra-Nozes está entre as coisas mais lindas e doces que conheço e é possível que mesmo quem não saiba quem foi o Tchaikovski, conheça pelo menos parte dela!

Eu sinceramente não sei como estão as coisas, hoje em dia, na maioria dos lares, porque a maioria das pessoas que conheço é da minha faixa etária. Não sei se as crianças e adolescentes ouvem música clássica em casa, como eu ouvi. Não fui criada por tutores num palacete. Só havia mais cultura, naquela época. Não só rádios tocavam música clássica, como ela estava presente na cultura pop, principalmente nos filmes e desenhos animados! Existem episódios clássicos do Tom & Jerry, por exemplo, relacionados à música clássica, em que um ou os dois tocam instrumentos ou regem orquestras! O Pica Pau tem um episódio clássico com música clássica, assim como o Pernalonga! Eu só comecei a ver concertos há mais ou menos uma década. Vivo numa cidade maravilhosa, que oferece concertos excelentes, de graça, principalmente no Centro Cultural São Paulo, um dos meus lugares preferidos! A coleção da Folha está me trazendo um pouquinho mais de conhecimento sobre compositores que eu já adorava. É interessante saber, por exemplo, que o Tchaikovski é do século XIX e o Mozart (outro, que amo), do século XVIII. O Tchaikovski provavelmente foi influenciado pelo Romantismo, porque a sua música tem características “exóticas”, de influência chinesa e árabe, entre outras. É só um conhecimento a mais. Legal, mesmo, é ouvir a música! E o cd do Tchaikovski é extraordinário, do começo ao fim! Tem O Lago dos Cisnes, A Bela Adormecida e O Quebra-Nozes! São três balés, famosíssimos, mas em muitas salas de concertos são interpretados como suítes. Já que os cds podem ser adquiridos separadamente, eu super recomendo a coletânea do Tchaikovski! Crianças geralmente adoram! É muito doce! Uma das minhas animações favoritas, de todos os tempos, Fantasia, da Disney, apresenta interpretações adoráveis para a Suíte do Quebra-Nozes! Uma das mais fofas, sem dúvida é a da Chinese Dance (Tea). Aqui está o vídeo:

 

E aqui está o cd:

Desnecessário dizer que eu também recomendo o Fantasia, pra quem ainda não assistiu! É a obra-prima da Disney, a coisa mais linda, de uma doçura e uma beleza ímpares! A música clássica tem este poder, mesmo, de multiplicar beleza! É a minha trilha sonora preferida pra fazer qualquer coisa artística. Ou só relaxar! Se vocês não têm o costume de ouvir música clássica, comecem o quanto antes! E fucem bastante, existem vários compositores e músicas, pra todos os gostos!

E, por último, mas não menos importante, as novidades no meu Flickr . Quem lê, pensa que sou flickeira há algumas décadas, mas, não. Ainda não. Criei uma conta lá há um tempo e meu objetivo inicial era compartilhar pontos de tricô. Tricoteiras precisam dessas coisas, ainda mais as que passaram dos 30 e vão ficando com a memória meio comprometida ... sobre o que eu estava falando, mesmo? ... Ah, sim: então, meu objetivo inicial era postar amostras de pontos de tricô. Mas, aí, buzinaram tanto na minha orelha pra eu compartilhar o que faço (obrigada, pessoal! ), que minha conta está ficando com uma carinha bem única! Confesso que minhas craft skills andam meio paradas, mas eu fiz e guardei muita coisa, então, estou numa espécie de trabalho de catalogação. As últimas fotos são de estrelas modulares, de 8 e 16 pontas, lindíssimas, design da Maria Sinyskaya (Tico Star), que tem um site lindíssimo em que compartilha padrões e apresenta seu trabalho. Vou colocá-lo, aliás, na minha lista de blogs e sites. Mas, o endereço é este aqui: http://goorigami.com. Eu sou apaixonada por origami e os meus preferidos são os modulares, principalmente as estrelas! Houve uma época em que o origami foi uma espécie de moda no Brasil (pelo menos, em São Paulo), mas, agora parece que ... não? O cenário das atividades manuais (no bom sentido, pelo amor de Deus!) no Brasil sempre foi meia-boca e está excessivamente relacionado ao lucro. Então eu, que sou da estranha espécie dos que fazem por prazer (no bom sentido. E no mau, também ... ), sinto falta de mais blogs e sites em que a galera mostra os trabalhos! Já que quase ninguém faz, faço eu. Estas fotos não estão no Flickr, por enquanto. Então, vocês vão vê-las em primeira mão (quanta honra, não?!). Mas apareçam lá, também, pra ver a de 16 pontas, que ficou muito linda!

 

Bem, por hoje é só, pessoal! Até a próxima!

Um abração ,

Luna